Na semana que vem, líderes da
base governista vão discutir os impactos do fim do fator previdenciário para os
trabalhadores que estão na ativa, os que ainda não entraram no mercado do
trabalho e aqueles que se aposentaram pela regra do fator.
Líderes partidários
aliados ao governo avisaram nesta terça-feira (3) que projetos polêmicos, como
a redistribuição dos royaltiesdo petróleo (PL 2565/11) e o fim do fator previdenciário para as
aposentadorias (PL 3299/08) só serão analisados no próximo semestre. “Até o recesso [que
começa em 17 de julho], só votaremos medidas provisórias e, eventualmente, um
ou outro projeto que tenha acordo de todos os líderes partidários”, disse o
líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP).
Os deputados vão aproveitar
esse tempo para tentar chegar a um acordo sobre as duas propostas. O líder do
governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), reafirmou que o fim do fator
previdenciário será o tema de uma reunião na próxima semana entre os líderes da
base governista e representantes dos ministérios da Fazenda e da Previdência.
O texto em discussão na Câmara
é o substitutivo do deputado licenciado Pepe Vargas (PT-RS), atual
ministro do Desenvolvimento Agrário, que estabelece que o trabalhador não terá
perdas ao se aposentar quando o somatório da idade e do tempo de contribuição
for de 95 anos para homens e 85 anos para mulheres. Hoje, o fator
previdenciário é um cálculo que reduz a aposentadoria de quem para de trabalhar
com pouca idade, com base no tempo de contribuição.
Chinaglia explicou que os
líderes da base vão discutir melhor os impactos da proposta para os
trabalhadores que estão na ativa, os que ainda não entraram no mercado do
trabalho e aqueles que se aposentaram pela regra do fator previdenciário.
"Precisamos evitar ao máximo a judicialização desse processo, para evitar
que o Tesouro seja cobrado nos cerca de R$ 30 bilhões que deixaram de ser pagos
pela regra do fator previdenciário", disse.
Os aposentados continuam
pressionando pela votação do texto. Um grupo deles esteve reunido com o
presidente da Câmara, Marco Maia. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)
participou da reunião e disse que o projeto poderá ser votado em agosto.
O cronograma foi confirmado
pelo presidente da Câmara, Marco Maia. “É possível que cheguemos a um acordo
para votar essa proposta em agosto. Há um grupo de técnicos discutindo o tema.
Esse grupo vai apresentar sua proposta na próxima semana para os líderes dos
partidos da base”, disse.
fonte:
www.camara.gov.br
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